RELATO DE CESARIANA DESNECESSÁRIA DE DANIELLE FREITAS - NASCIMENTO DE ANITA
em Maceió.
em Maceió.
Olá pessoal.
Observando que algumas gestantes aqui querem muito um parto humanizado, mas por algumas condições pensam em fazer com médico plantonista, senti a necessidade de vir contar um pouco do meu quase parto nada humanizado e do que penso sobre essa possível decisão.Bom, desde antes de pensar em engravidar sempre achei que o normal seria ter um parto normal (PN), e quando engravidei achei que eu só precisaa avisar a GO que estivesse fazendo meu pré natal que queria um PN e que teria um PN.
Como a maioria daqui sabe, isso é uma ilusão, a GO (Bernadete Borges) que fez meu pré natal, diga-se de passagem: uma grossa, ignorante e nada ética, quando eu estava com 30 semanas me disse que não acompanhava PN, a princípio eu fiquei muito triste, pensei em macar a cesarea, mas nunca achei "normal' marcar o dia de nascimento de uma pessoa, perguntei uma vez a ela se podia esperar entrar em trabalho de parto para poder fazer cesárea, mas ela disse que se estivesse de plantão não seria ela que faria a cesárea e sim o plantonista da unimed (meu plano). Então comecei a cogitar fazer meu PN com o plantonista.
Passei o resto da gravidez com esse pensamento, entre estímulos e desestímulos para fazer o PN continuei com a ideia. Na segunda-feira da semana que eu iria completar 40 semanas (completava na quarta-feira), fui a GO do pré natal, ela fez deslocamento das membranas (é um procedimento para acelerar a entrada do TP e diga-se de passagem: é violência obstétrica), passei o resto do dia com muita dor, no outro dia fui a emergência da unimed, o GO (Telmo Henrique), que me atendeu, muito mal por sinal, falava comigo e no telefone ao mesmo tempo, pior que se a conversa no telefone fosse algo importante eu até relevava, mas era marcando em que restaurante ia almoçar, enfim... ele disse que a dor e a secreção que estava saindo era normal, fez toque e disse que eu estava com 2cm de dilatação.
Na quinta-feira já com 40 semanas e 1 dia, fui obrigada pela sogra (por isso, atulamente, acho importante mentir a data provável do parto, para as pessoas não obrigarem a gestante fazer coisas que não quer), a ir denovo a emergência da unimed, eu não sentia absolutamente nada, só o tampão que saía. A GO (Adriana Gazzaneo) que me atendeu, foi muito atenciosa, ficou bem entusiasmada por eu querer um PN, fez toque, eu estava com 5cm de dilatação, conversou bastante, olhou todos os exames que eu fiz, me deu muita força, eu nunca saí de uma consulta de pré natal tão bem como eu tinha saído daquela.
Na sexta-feira, umas 14hs minha bolsa estourou, eu sabia que podia passar um tempo em casa, mas não sabia quanto tempo, então me arrumei para ir ao hospital e fui tomando as últimas providências atens da minha filha nascer. Cheguei ao hospital 16hs, quam estava d eplantão era a GO do plnatão da quinta-feira, ela ficou bem feliz em me ver, disse até que tinha reservado o quarto PPP, fez toque, eu estava com 7cm, já mandou eu tirar a roupa, vestir o maldito capote, e já fui encaminhada para o quarto.Eu não sentia nada, dor, contração nada, só o líquido descendo perna a baixo, eu tentava controlar, como a pessoa faz pra prender xixi, mas era impossível. Uma hora depois que eu estava lá no PPP, aplicaram a ocitocina sintética, detalhe: não fui informada do que era aquilo, e depois de umas meia hora começaram as contraçõs doloridas, bem doloridas, mas ainda assim eu me movimentava, andava de um lado a outro, até que as 18:30hs cheguei as 10cm de dilatação, ou seja, dilatação total. Então fui conduzida a maca, mandaram eu colocar o pé no estribo.
A GO não me mandou fazer força, ela pediu apenas que eu avissasse a ela quando sentisse uma contração, e assim eu fazia, as 19hs troca de plantão, a GO passou meu caso para o plantonista da vez (Alexandre Calado), enfatizou que eu queria um PN, e que assim seria feito por ele. Depois que ele assumiu o plantão meu TP virou uma batalha de guerra, um tempo depois ele já chamou a equipe pra sala (pediatra, enfermeiras e afins), começou a mandar eu fazer força, ficava verificando os BCF (batimentos cardíacos fetais) de instante em instante, ás vezes mandava todo mundo fazer silêncio pq não estava ouvindo os BCF; Eu estava morrendo de sede, ele disse que eu não podia beber água; Ficava fazendo toque, na verdade ficou com os dedos no canal de parto, eu pedi pra ele tirar pq estava incomodando ele disse que não ia tirar, que aquilo era uma manobra para a bebê nascer mais rápida.
Até que ele combinou com a pediatra (Daniela Bulhões, uma nojenta) de fazer o que faziam na faculdade, então ela assumiu o lugar dele e ele veio para perto de mim, e começou a querer acariciar minha barriga, mas quando ele pensava em tocar na minha barriga, doía muito, ainda dei uns dois empurrões nele e dei uns gritos nele. Hoje vejo que ele ia fazer uma kristeller, e por instinto, talvez, eu não deixei. Até que um tempo depois ele disse que tinha esperado demais, que minha filha tava sofrendo e ia me levar pro centro cirúrgico, enfim... comecei a chorar, meu marido ainda ficou me dando força para eu continuar, mas eu com fome, com sede, fraca, não conseguia mais nada, só queria que aquilo acabasse e assim meu quase parto normal nada humanizado, desembocou numa cesárea.
Existem muitas outras violências obstétricas que sofri só lá no TP, mas é que lembro aos poucos. E hoje vejo que ia sofrer outras intervenções além do que sofri, o kristeller e uma possível episiotomia, pois a bandeja com bisturi e a linha cirúrgica estava praticamente na minha bunda, já que eu tava de perna pra cima.O que quero dizer com o meu relato é: ninguém terá um parto normal humanizado com plantonista. O plantonista não conhece sua história, seus desejos, sua vontades. Não dá para se agarrar a um plano de parto; O plano de parto não tem nenhum valor jurídico, ai só está uma lista do que você quer que aconteça ou não no seu TP e parto, um plano de parto não é garantia de que um GO vai respeitá-lo, muito menos se esse GO é um plnaotnista que nunca viu sua cara na vida.
O meu conselho é: arrume uma forma de pagar pelo seu parto normal humanizado!!!! É triste, é revoltante, é injusto mas é a verdade!!! EU se engravidasse hoje, faria vaquinhas, rifas, faria um empréstimo, compraria o básico do básico do enxoval, SE fisezze enxoval, venderia o que menos utilizo em casa, por exemplo: se tivesse duas tv, vendia uma, se tivesse uma batedeira que não usasse muito, vendia!!!! Faria trufas, brigadeiro, cupcake pra vender, enfim, faria quase qualquer coisa pra conseguir dinheiro e ter meu bebê de PNH.
A maternidade não termina quando o bebê nasce, muito pelo contrário, ela começa quando o bebê nasce, mas acreditem, o que acontece durante o trabalho de parto e parto, tem consequências positivas ou negativas que perduram viu??? Eu carrego minhas dores do meu TP e parto, e só eu sei a carga disto, e só quem me entende, é quem desejou muito um PN e não conseguiu, ou que teve, mas que foi cheio de intervenções.
Há 2 anos quando comecei a participar das reuniões do grupo, a gente não tinha nem o mínimo de possibilidade de ter um relatode um parto humanizado aqui em Maceió, mas aos poucos algumas mulheres agarraram essa bandeira e hoje temos lindos relatos de parto domiciliares, lindos relatos de parto humanizados em hospital. Temos uma enfermeira obstetra que já faz parto domiciliar, temos doulas que estão engajando nesta luta, temos estudantes de enfermagem despertando o olhar para o parto humanizado, temos maridos participando ativamente do parto de suas mulheres.
Para o que não havia há dois anos, hoje há esperança, e cotínuamos na luta para que haja mais e melhor. Para as mulheres que conseguiram seus partos humanizados foi fácil? De jeito nenhum, pergunte a elas e elas dirão as suas dificuldades, sejam elas financeiras, físicas, familiares, espirituais, psicológicas, todas tiveram alguma dificuldade. Foi difícil, mas não foi impossível, contudo achar ue um parto normal humanizado vai cair do céu, não vai, tem que fazer valer, correr atrás, com barriga e tudo!!!!
P.s. Falei o nome dos profissionais pq a experiência que tive com eles me passaram a devida impressão. E não tenho receio de nenhum deles.
Observando que algumas gestantes aqui querem muito um parto humanizado, mas por algumas condições pensam em fazer com médico plantonista, senti a necessidade de vir contar um pouco do meu quase parto nada humanizado e do que penso sobre essa possível decisão.Bom, desde antes de pensar em engravidar sempre achei que o normal seria ter um parto normal (PN), e quando engravidei achei que eu só precisaa avisar a GO que estivesse fazendo meu pré natal que queria um PN e que teria um PN.
Como a maioria daqui sabe, isso é uma ilusão, a GO (Bernadete Borges) que fez meu pré natal, diga-se de passagem: uma grossa, ignorante e nada ética, quando eu estava com 30 semanas me disse que não acompanhava PN, a princípio eu fiquei muito triste, pensei em macar a cesarea, mas nunca achei "normal' marcar o dia de nascimento de uma pessoa, perguntei uma vez a ela se podia esperar entrar em trabalho de parto para poder fazer cesárea, mas ela disse que se estivesse de plantão não seria ela que faria a cesárea e sim o plantonista da unimed (meu plano). Então comecei a cogitar fazer meu PN com o plantonista.
Passei o resto da gravidez com esse pensamento, entre estímulos e desestímulos para fazer o PN continuei com a ideia. Na segunda-feira da semana que eu iria completar 40 semanas (completava na quarta-feira), fui a GO do pré natal, ela fez deslocamento das membranas (é um procedimento para acelerar a entrada do TP e diga-se de passagem: é violência obstétrica), passei o resto do dia com muita dor, no outro dia fui a emergência da unimed, o GO (Telmo Henrique), que me atendeu, muito mal por sinal, falava comigo e no telefone ao mesmo tempo, pior que se a conversa no telefone fosse algo importante eu até relevava, mas era marcando em que restaurante ia almoçar, enfim... ele disse que a dor e a secreção que estava saindo era normal, fez toque e disse que eu estava com 2cm de dilatação.
Na quinta-feira já com 40 semanas e 1 dia, fui obrigada pela sogra (por isso, atulamente, acho importante mentir a data provável do parto, para as pessoas não obrigarem a gestante fazer coisas que não quer), a ir denovo a emergência da unimed, eu não sentia absolutamente nada, só o tampão que saía. A GO (Adriana Gazzaneo) que me atendeu, foi muito atenciosa, ficou bem entusiasmada por eu querer um PN, fez toque, eu estava com 5cm de dilatação, conversou bastante, olhou todos os exames que eu fiz, me deu muita força, eu nunca saí de uma consulta de pré natal tão bem como eu tinha saído daquela.
Na sexta-feira, umas 14hs minha bolsa estourou, eu sabia que podia passar um tempo em casa, mas não sabia quanto tempo, então me arrumei para ir ao hospital e fui tomando as últimas providências atens da minha filha nascer. Cheguei ao hospital 16hs, quam estava d eplantão era a GO do plnatão da quinta-feira, ela ficou bem feliz em me ver, disse até que tinha reservado o quarto PPP, fez toque, eu estava com 7cm, já mandou eu tirar a roupa, vestir o maldito capote, e já fui encaminhada para o quarto.Eu não sentia nada, dor, contração nada, só o líquido descendo perna a baixo, eu tentava controlar, como a pessoa faz pra prender xixi, mas era impossível. Uma hora depois que eu estava lá no PPP, aplicaram a ocitocina sintética, detalhe: não fui informada do que era aquilo, e depois de umas meia hora começaram as contraçõs doloridas, bem doloridas, mas ainda assim eu me movimentava, andava de um lado a outro, até que as 18:30hs cheguei as 10cm de dilatação, ou seja, dilatação total. Então fui conduzida a maca, mandaram eu colocar o pé no estribo.
A GO não me mandou fazer força, ela pediu apenas que eu avissasse a ela quando sentisse uma contração, e assim eu fazia, as 19hs troca de plantão, a GO passou meu caso para o plantonista da vez (Alexandre Calado), enfatizou que eu queria um PN, e que assim seria feito por ele. Depois que ele assumiu o plantão meu TP virou uma batalha de guerra, um tempo depois ele já chamou a equipe pra sala (pediatra, enfermeiras e afins), começou a mandar eu fazer força, ficava verificando os BCF (batimentos cardíacos fetais) de instante em instante, ás vezes mandava todo mundo fazer silêncio pq não estava ouvindo os BCF; Eu estava morrendo de sede, ele disse que eu não podia beber água; Ficava fazendo toque, na verdade ficou com os dedos no canal de parto, eu pedi pra ele tirar pq estava incomodando ele disse que não ia tirar, que aquilo era uma manobra para a bebê nascer mais rápida.
Até que ele combinou com a pediatra (Daniela Bulhões, uma nojenta) de fazer o que faziam na faculdade, então ela assumiu o lugar dele e ele veio para perto de mim, e começou a querer acariciar minha barriga, mas quando ele pensava em tocar na minha barriga, doía muito, ainda dei uns dois empurrões nele e dei uns gritos nele. Hoje vejo que ele ia fazer uma kristeller, e por instinto, talvez, eu não deixei. Até que um tempo depois ele disse que tinha esperado demais, que minha filha tava sofrendo e ia me levar pro centro cirúrgico, enfim... comecei a chorar, meu marido ainda ficou me dando força para eu continuar, mas eu com fome, com sede, fraca, não conseguia mais nada, só queria que aquilo acabasse e assim meu quase parto normal nada humanizado, desembocou numa cesárea.
Existem muitas outras violências obstétricas que sofri só lá no TP, mas é que lembro aos poucos. E hoje vejo que ia sofrer outras intervenções além do que sofri, o kristeller e uma possível episiotomia, pois a bandeja com bisturi e a linha cirúrgica estava praticamente na minha bunda, já que eu tava de perna pra cima.O que quero dizer com o meu relato é: ninguém terá um parto normal humanizado com plantonista. O plantonista não conhece sua história, seus desejos, sua vontades. Não dá para se agarrar a um plano de parto; O plano de parto não tem nenhum valor jurídico, ai só está uma lista do que você quer que aconteça ou não no seu TP e parto, um plano de parto não é garantia de que um GO vai respeitá-lo, muito menos se esse GO é um plnaotnista que nunca viu sua cara na vida.
O meu conselho é: arrume uma forma de pagar pelo seu parto normal humanizado!!!! É triste, é revoltante, é injusto mas é a verdade!!! EU se engravidasse hoje, faria vaquinhas, rifas, faria um empréstimo, compraria o básico do básico do enxoval, SE fisezze enxoval, venderia o que menos utilizo em casa, por exemplo: se tivesse duas tv, vendia uma, se tivesse uma batedeira que não usasse muito, vendia!!!! Faria trufas, brigadeiro, cupcake pra vender, enfim, faria quase qualquer coisa pra conseguir dinheiro e ter meu bebê de PNH.
A maternidade não termina quando o bebê nasce, muito pelo contrário, ela começa quando o bebê nasce, mas acreditem, o que acontece durante o trabalho de parto e parto, tem consequências positivas ou negativas que perduram viu??? Eu carrego minhas dores do meu TP e parto, e só eu sei a carga disto, e só quem me entende, é quem desejou muito um PN e não conseguiu, ou que teve, mas que foi cheio de intervenções.
Há 2 anos quando comecei a participar das reuniões do grupo, a gente não tinha nem o mínimo de possibilidade de ter um relatode um parto humanizado aqui em Maceió, mas aos poucos algumas mulheres agarraram essa bandeira e hoje temos lindos relatos de parto domiciliares, lindos relatos de parto humanizados em hospital. Temos uma enfermeira obstetra que já faz parto domiciliar, temos doulas que estão engajando nesta luta, temos estudantes de enfermagem despertando o olhar para o parto humanizado, temos maridos participando ativamente do parto de suas mulheres.
Para o que não havia há dois anos, hoje há esperança, e cotínuamos na luta para que haja mais e melhor. Para as mulheres que conseguiram seus partos humanizados foi fácil? De jeito nenhum, pergunte a elas e elas dirão as suas dificuldades, sejam elas financeiras, físicas, familiares, espirituais, psicológicas, todas tiveram alguma dificuldade. Foi difícil, mas não foi impossível, contudo achar ue um parto normal humanizado vai cair do céu, não vai, tem que fazer valer, correr atrás, com barriga e tudo!!!!
P.s. Falei o nome dos profissionais pq a experiência que tive com eles me passaram a devida impressão. E não tenho receio de nenhum deles.
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